Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Johnny Johnson é uma peça de teatro de Paul Green com música de Kurt Weill. O compositor judeu, que nos anos 20 trabalhou com Bertolt Brecht, foi forçado a deixar a Alemanha nazi em 1933 e exilou-se nos Estados Unidos da América. Johnny Johnson estreou-se na Broadway em 1936. Baseada no romance satírico de Jaroslav Hašek, O bom soldado Švejk, a peça centra-se num jovem idealista americano que vai combater na Primeira Guerra Mundial, na Europa. Johny é, como explica o encenador e cantor Mário João Alves, “um simples artesão que vê, de um momento para o outro, essa simplicidade ser triturada pela complexidade de uma sociedade que o atira para uma guerra que desconhece, obrigando-o a combater homens que desconhece, numa terra que desconhece, por razões que desconhece”. Apesar do tema — e da posição anti- guerra — o musical tinha um tom humorístico. Os críticos salientaram a “mistura hilariante de sátira, comédia musical, melodrama, farsa, polémica social e parábola”.
O que aconteceu com o jovem Johnny Johnson em 1917, voltou a acontecer com muitos outros jovens ao longo do último século. “Abordar Johnny Johnson na conjuntura actual é uma oportunidade de nos colocarmos, espectadores e público, perante um jogo de espelhos, cujos ângulos nos obrigam a olhar os próprios olhos e as nossas mãos misturadas com as mãos alheias”, escreve Mário João Alves. Em Almada, o Teatro Nacional de São Carlos apresenta a versão de concerto com narração de Johnny Johnson.
Ficha Artística
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Direcção musical João Paulo Santos
Solistas Mariana Castello-Branco, Ana Ester Neves, Cátia Moreso, Mário João Alves, Miguel Henriques, Gabriel Santos, Diogo Oliveira, Mário Redondo, André Henriques
Preços